PS: Reafirmo e reforço minha posição. Nao compro vinhos de predadores. Importados ou nao. Ferro nos Gersons e incompetentes. Darwin neles!!
PS 2: (nao he playstation, he post scriptum.) Concordo com o dono da Mistral. Já esta havendo aumento no consumo de cerveja. Comento isso há algumas semanas. #sonaovequemnaoquer
28/03/2012 - 07h13
Boicote tenta impedir o aumento do Imposto de Importação sobre vinhos e criação de cotas
LUIZA FECAROTTA
DE SÃO PAULO
DE SÃO PAULO
As reações ao pedido dos grandes produtores gaúchos para a criação de uma salvaguarda para o vinho brasileiro não param de crescer.
Em uma semana e meia, uma corrente de retaliação promove um boicote ao rótulos nacionais nos restaurantes e nas lojas, uma grande marca tirou seu nome da disputa e a controvérsia ganhou dimensão internacional.
Unidos, importadores, chefs, "restaurateurs" e sommeliers buscam apresentar argumentos ao governo antes que medidas como o aumento do Imposto de Importação -cogita-se de 20% para 55%- ou a criação de cotas -a imposição de um limite na quantidade de garrafas importadas- sejam concretizadas.
Apu Gomes/Folhapress |
Barris de carvalho na Vinicola Miolo, em RS |
No Rio, a chef Roberta Sudbrack retirou do cardápio os rótulos brasileiros de vinícolas ligadas à petição. É um gesto simbólico, diz ela, e uma maneira de se posicionar sobre um assunto que "pode colocar em risco o crescimento da gastronomia e do país".
O restaurante Tasca da Esquina e a loja de bebidas Rei dos Whisky's & Vinhos -das maiores redes varejistas-estão dispostos a fazer o mesmo.
Thiago Locatelli, sommelier do Varanda Grill, diz que a salvaguarda é "um tiro no pé", que os "consumidores estão revoltados" e que o "mercado brasileiro será inundado por vinhos argentinos e chilenos".
Juntos, os dois países detêm 60% do mercado de vinhos importados no Brasil.
Na Argentina, José Zuccardi, o "rei do malbec" e diretor da Familia Zuccardi, uma das principais vinícolas daquele país, diz que o baixo consumo per capita no Brasil -dois litros por habitante, por ano- é um dos entraves.
"Isso vai contra o desenvolvimento dos próprios vinhos brasileiros", afirma Zuccardi.
Ele, que com a alíquota zero do Mercosul pode se beneficiar com as medidas de salvaguarda, acredita que o vinho importado pode estimular o "crescimento de um grande mercado para os vinhos brasileiros".
Patricia Araujo/Folhapress |
Sommelière Daniela Bravin serve taças de vinho |
Enólogos afirmam que, com a abertura da década de 1990, os consumidores passaram a provar bebidas europeias de maior qualidade e, com isso, os viticultores gaúchos viram-se obrigados a profissionalizar a produção.
Diz o português Antonio Soares Franco, produtor dos vinhos Periquita: "Foram os importados que promoveram a qualidade do vinho brasileiro. É uma guerra em que ninguém sai ganhando."
CERVEJA
Para Ciro Lilla, dono da importadora Mistral e vice-presidente da Associação Brasileira de Bebidas, o mais provável é que "todo mundo beba mais cerveja, o principal concorrente do vinho".
"É absurdo. Salvaguarda é para proteger ramos que estão em perigo de extinção e, segundo o próprio Ibravin [Instituto Brasileiro do Vinho, que encabeça a ação], o mercado cresceu 7% no último ano, mais que a economia."
"É absurdo. Salvaguarda é para proteger ramos que estão em perigo de extinção e, segundo o próprio Ibravin [Instituto Brasileiro do Vinho, que encabeça a ação], o mercado cresceu 7% no último ano, mais que a economia."
Rogério D'Avila, dono da importadora Ravin, diz que o "pequeno produtor brasileiro também é massacrado". Eduardo Angheben, da vinícola que leva o seu nome, diz que a salvaguarda é "antipática" e pleiteada por um grupo de companhias que concentram essa indústria.
Famosa pelos espumantes, mas também produtora de vinhos tintos, a Salton, antes signatária do pedido de salvaguarda, voltou atrás - não apoia mais a medida por considerar que "restringe o livre arbítrio dos consumidores".
Carina Cooper, sommelière da marca, diz que "os vinhos no mundo não são iguais, cada um tem uma história, uma uva, um estilo".
Colaborou FELIPE BÄCHTOLD, de Porto Alegre
Minha geladeira está cheia de Guinness, Murphys, Hoegaarden e Leffe. Vinhos? Ultimamente, só os da África do Sul: bons e baratos!
ReplyDeleteA propósito do boicote, prezado Sr. Ratão, não deixe de nos recomendar vinhos nacionais que não devemos boicotar. Não acho justo punirmos os que não merecem punição.