Artigo bem convidativo a leitura e reflexao recentemente postados pelas pragas italo-brasilienses AQUI conseguiu ao menos que eu pensasse nas minhas aventuras pelo mundo corporativo e nos enologos que conheci ao longo dos anos e visitas a vinicolas diversas. Inclusive no Bananal, filial gaucha.
Certa feita eu tinha um empregao daqueles. So que me tentaram assinar um documento que era basicamente a assinatura de uma fraude. Ao recusar (mais uma vez) a assinatura daquilo nao levou muito tempo e rodei bonito na empresa.
Uma prima minha tambem dancou (para melhor) quando nao assinou um laudo sobre alguns remedios que a empresa dela fazia (faz).
Isso tudo para perguntar por que alguns enologos colocam o nome deles como autores de autenticos venenos viniferos?
Eu entendo que algumas empresas vinicolas sao grandes demais e tem que extrair algum liquido para "fermentacao" ate de resto de comida dos funcionarios, de chinelo de dedo, resto de oleo queimado, mas por que alguem nao honra a profissao que escolheu e vai adiante com uma fraude agronomica, moral, historica, cultural?
Vinhos bomba-relogio que tem que ser produzidos e vendidos e TOMADOS em poucas semanas ou entao fermentam na garrafa, produzem os piores aromas e gostos em um ano.... quanta picaretagem.
Precisa ser assim? So assim vamos sobreviver como eno-empresarios?
Eu nao sei a resposta.
Tambem entendo que algumas regioes precisam de uma ajuda laboratorial, ou uma pincelada (para ser ''cute'') de algum flying winemaker resultando em vinhos totalmente iguais nao importa de onde venham.
Santa inocencia, essa minha.
Conheci enologos que fazem vinhos de sonho. Sao pessoas que produzem vinhos famosos de regioes famosas e vinhos nem tao famosos (jamais o serao), mas que sao uma delicia de vinho.
Todos sempre me dizem a mesma coisa: "Eu apenas dei uma ajudazinha a natureza. Algo como empurrar a bola ao gol apos tudo feito".
Para terminar me lembro da minha experiencia como agricultor: Eu nao podia ver nenhum inseto ou similar na minha lavoura que mandava bombas e bombas de inseticida em tudo, apesar dos meus estudos (falta de) onde em uma materia ate calculavamos nivel de dano economico de praga X, Y, etc.
Por isso que estou resolvido a fazer meu vinho e ver se sou macho mesmo para produzir um autentico ou vou recorrer ao kit desgraca da enologia (todas os tubinhos e esteroides dos vinhos em uma maletinha que resolvem tudo) e que se dane, a carteira cheia vale mais que reputacao de correto.
ainda é melhor ter a paz de espírito que o caráter pede e não ir em frente com fraudes. quem não pensa assim, provavelmente o faz pela combinação de ego e grana, em qualquer setor. uma pena que, no Brasil, boa parte dos profissionais se oriente pela Lei de Gérson e pelo antigo nome com que o MMA era conhecido por aqui (aliás, um case de sucesso: como conseguiram fazer o Brasil esquecer do "vale-tudo" tão rápido quanto o caso Kolynos/Sorriso nos anos 90).
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