Monday, January 5, 2015

2014



Ano passado foi o ano que por conta do dinheiro mais curto definitivamente colocou-se na cabeca das pessoas que nao precisam tomar meia garrafa de vinho todos os dias, cozinhar com azeite premio, comer com azeite trufado (horrivel que custa mais de R$ 80 por 50 ml), beber toda semana cerveja gourmet, comer caviar em pasta, comer queijo serra da estrela (R$ 220/kg).... em suma, foi o ano que perdemos muito do progresso que havia sido feito tem termos de ''educacao'' do consumidor.

Foram cortadas as compras em volume e em ticket medio e ai que mora o perigo; o tiozinho que achava que somente vinho de R$ 100.00 prestava (oh o ego) viu que ha boas alternativas a R$ 60.00.

Lamento pela involucao do azeite pois esse sim he um produto que oferece saude, cultura. Em pequenas doses nem faz tanto estrago na cintura.

Eu prevejo que somente na proxima geracao (que esta fora da onda ''gourmet'') havera uma recuperacao desse mercado. 

Enquanto isso em breve vai ter vinho sobrando no RGS, cerveja ''gourmet'' sendo produzida de cargueiro.



4 comments:

  1. Agora o RAIO GOURMETIZADOR virou uma crítica que na maioria das vezes está mais do que correta. Qualquer kombi de podrão resolveu virar food truck e cobrar mais caro pelo podrão gourmet.

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  2. Ou então a celebre frase, só bebes coisa de rico.... Fico foxxxx ao ouvir isto....

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  3. Caro JR, Bom 2015 !

    Passou meio que desapercebida entre os críticos de vinho esta matéria postada pela Folha.UOL, que muito tem a ver com a sua "2014".

    Reproduzo meu briefing: VINHO É MAIS BARATO DO QUE A ÁGUA NA AUSTRÁLIA.

    Não é a primeira vez que esse tipo de cenário de preços é notícia na Austrália. Grande parte do volume exportado retornou ao mercado interno quando caiu a demanda internacional pelo vinho australiano. O imposto sobre o álcool contribui para os baixos preços, e o que os mantem acessíveis é o duopólio dos grandes supermercados, Woolworths e Coles. Os preços baixos parecem aceitáveis para alguns produtores, e são uma vitória para os consumidores, que encontram bons vinhos por menos de US$ 10.

    O mais importante para os australianos, no longo prazo, será minimizar o efeito da forma de precificação pela qualidade do vinho. Desta maneira, será impeditivo ao consumidor de retornar a aceitar o anterior método de valorização.

    Pergunto: será possível que pela globalização dos mercados, pela conectividade entre os consumidores, e pela morosidade da retomada do crescimento econômico mundial, esta situação possa se alastrar para os demais países produtores? Isto ocorrendo, como refletirá no mercado do vinho no Brasil ? Ou como sempre, as oscilações externas são marolas que não nos atingem ? Abraço.

    Para leitura da matéria completa acesse:
    http://f5.folha.uol.com.br/…/1570376-conheca-o-lugar-onde-v…


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    1. Obrigado pelos votos. Eu tambem desejo a mim um otimo ano.

      Esta mais que claro que ha em curso uma mudanca de habitos fortissima nos paises produtores de vinhos europeus. Ha anos que o consumo despenca assim como os preços. Um monte de aventureiro ou gente que entrou na hora errada vai ser jogado para fora da galaxia. Atores e washed out pilotos de F1 vao descobrir que ha melhores maneiras de se lavar ou esquentar dinheiro.

      Eu DUVIDO que o BCE vai aprovar um massive bailout para produtores de vinhos. DUVIDO. Com Alemanha e Inglaterra mandando na EU, os produtores que ponham as bolas de molho.

      Os prognosticos adiante sao bem gloomy para muita gente. Leia o quarterly report do economist sobre jobs and the new world. 4 meses atras?

      Nao vejo a hora do tao sonhado disco voador chegar e levar a todos que acreditaram no salvador junto com ele.

      Otimo 2015 ai.

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