Wednesday, June 29, 2011

A Arte Simples e Eficiente de Harmonizar CERVEJA com MASSAS e MOLHOS

Nesse link http://www.brejas.com.br/blog/22-06-2011/bamberg-votorantim-cervejas-massas-molhos-9318/ ele ensina como harmonizar cervejas e diversos tipos de massas e molhos. Como sempre há uma lógica para tudo, e ele didaticamente cita a famosa trinca acidez, álcool e acucar. Só faltou o tanino aqui, mas hoje as cervejas merecem um post.

Os cervejeiros que combatem o vinho e os enofilos que são contra cervejas são umas bestas hexagonais. Cerveja e vinho são vistos como competidores por muita gente que conheço...algo como evangélico e católico, xiita e sunita... curintia e são paulo... nada a ver.

O melhor do mundo gastronómico esta nessa diversidade fabulosa  e deliciosa onde todos tem chance e vez.

Tuesday, June 28, 2011

Isso voce NUNCA fez: Aquecer vinho no micro-ondas.

Bizarrice total. Ontem na hora de tomar um montepulciano de Abruzzo medi a temperatura e vi que o vinho estava muito mais frio do que a temperatura de serviço (o vinho estava a temperatura gélida ambiente). Para quem não sabe isso deixa os taninos muito amargos e agressivos, e os aromas somem.


Coloquei o vinho num recipiente e de la foi para o micro-ondas. 12 segundos. Ficou uma delicia a 17 graus e de volta a taça.


Aquecendo vinho bom no micro-ondas, eu acho que bati um novo record.


Aos que moram acima do paralelo 22S, fazia uns 8 anos que não tinhamos um ano tão frio (em dias e C) por essas bandas.

Monday, June 27, 2011

Grandes Entrevistas: Vinicola Maximo Boschi

Conforme promessa de campanha hoje publico essa entrevista com a Maximo Boschi, vinícola  boutique, pequena, mas valente de “Bento” (como eles lá chamam a cidade). Eu me convenci a investir nos espumantes deles quando um dia fiz uma degustação às cegas na minha loja. Não há argumento melhor que total louvor quando um vinho está no escuro. Como ninguém sabe onde fica minha loja fica aqui registrado o compromisso de isenção comercial do Blog.
Aos paulistas fica uma nota lamentável: Todo vinho que entra em SP tem que pagar uma coisa chamada substituição tributária, a famigerada ST. Os vinhos vindos do RGS pagam 32% de ST além dos outros impostos de praxe. Uma pena. O pessoal dos outros estados pode pagar por esses e outros vinhos ótimos da serra por um preço ridículo de baixo.
O espaço é curto e ficou na boca um gosto de "eles sabem muito mais do que está sendo colocado aqui". Não dá para ganhar todas....Enjoy!
P: Renato discorra um pouco sobre sua vinícola, por favor.
A Maximo Boschi surgiu da idéia da minha esposa e de um amigo e, desde o início (1999) o nosso objetivo era de colocarmos à disposição do consumidor produtos diferentes do que havia no mercado, mas de alta qualidade. Para esse ano de 2011 dispomos de apenas 15mil garrafas.

P: Como é vender vinho tão bem feito para pessoas que não sabem do que você fala? Aposto que muitas vezes teve que explicar o que é envelhecimento em contato com leveduras, vinho safrado, evolução, etc etc. 
 Trabalhei 9 anos numa multinacional e 5 numa empresa familiar e ambas tinham o mesmo objetivo, produtos de referência. Peguei essas experiências e junto com um dos melhores enólogos do Brasil, Daniel Dalla Valle, idealizamos uma proposta de vinhos ousados, de personalidade forte, com característica clássica do velho mundo num país de terceiro mundo e provamos que temos condições de elaborarmos produtos diferenciados. Visionários ou loucos? Os dois!!
P: Brasileiro adora saber de tudo e dar palpite em tudo. Espumante é realmente o vinho para qual o pais tem aptidão agrícola (opa, fazia tempo que não falava essa palavra!!) ou todo ano é possível se obter bons tintos finos? Se sim, onde?
 É uma tarefa um pouco árdua, onde é preciso localizar e identificar o consumidor que procura e entende dessa nossa proposta e característica e, aos poucos, estamos identificando. Hoje os localizamos em Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Porto Alegre e Joinville.
P: De tempos em tempos o clima na serra gaucha colabora para obtenção de bons tintos. Como foi a safra recém colhida?Potencial para…?
O clima às vezes joga a nosso favor. Todos sabemos que nosso clima não é um dos melhores, mas nos adaptamos com as condições que temos e nos últimos 10-12 anos tivemos safras boas. Essa de 2011 foi boa, mas podmeos obter safras ainda melhores com a real dedicação do viticultor

P: Sei de vinhos tintos e espumantes feitos por pequenas vinícolas no RGS principalmente que são muito comentados em eventos, jornais, revistas e etc… são conhecidos pela qualidade e custos ótimos. Por que essas empresas não decolam? Por que não provocam vontade de compra ou de recompra?
As pessoas ainda procuram muito por marca e têem receio do novo. Tem que se permitir a conhecer as grandes novidades.
  Num panorama geral podemos dizer que somos o país ideal do e/ou para o espumante. Particularmente se há dedicação, interesse e cuidados podemos ter, também, ótimos vinhos. O que não podemos mudar é a adaptação de certas variedades.
P: O preconceito ao vinho tinto fino nacional tem solução? Qual?
Tem, desde que comecemos a ver  os vinhos nacionais com outros olhos. Temos empresas com tecnologia de ponta, nos vinhedos mudas novas, certificadas e a condução das parreiras feita de maneira a termos uvas melhores, remodelação da estética das garrafas, assessorias técnica por enólogos estrangeiros (não sei se influencia!!) e se não bastasse isso em todos os concursos os vinhos nacionais ganham prêmios. Por isso que temos que valorizar um pouco mais o que é nosso.

P: Para incomodar essa: Por que os vinhos nacionais tem custo mais alto que os companheiros da Argentina, Uruguay ou Chile (principalmente os tintos)?
 Bom, essa é uma questão que não envolve só o vinho, o Brasil não é competitivo em inúmeros produtos e todos sabemos quais os fatores (impostos, descaminho, falta de incentivo, mão de obra cara, custo Brasil,...) e assim vai.

P: Recentemente li estatísticas mostrando que o consumo de vinho branco nacional fino está desabando. Alguma idéia?
   São ondas, fases. Não é só no Brasil é mundial. Todos as pesquisas médicas e seus resultados são em cima dos vinhos tintos e, com isso, o branco fica “esquecido”. Mas o vinho branco tem seu charme, seu momento e, também, seus benefícios à saúde.

P: Em algumas partes do mundo quem era grande esta ficando maior ainda e os pequenos estão sumindo. Aqui no Brasil ainda há espaço ao sol para os talentosos ou será que ficaremos cada vez mais confinados a ter que escolher entre três ou 4 produtos?
 Boa. Quem tem a “varinha mágica, bastão” na mão são os consumidores. Se quiserem ter ao seu alcance, bem a mão, produtos diferenciados, produtos específicos para cada momento, produtos com a cara do enólogo ele pode se permitir, senão ficará no padrão básico imposto por três ou quatro.
P: O selo fiscal vai coibir a falsificação e o contrabando em sua opinião? Por quê?
  Selo fiscal é atraso de vida. Num país que já está adotando o “olho eletrônico” para controle fiscal, implantar um pedaço de papel manual?!?! É atraso. O Brasil já o usava nas décadas de 60-70 (acho!) e se provou totalmente ineficaz e é exclusivamente arrecadatório.
Segundo Federico Castellucci, diretor da IOV (Organização Internacional do Vinho) quando foi questionado sobre a elevada carga tributária e o excesso de controle ele respondeu: “Não estaria aí a verdadeira causa do descaminho, da sonegação e da falsificação? Não são estes conseqüências da elevada carga tributária que os cofres públicos e a burocracia nos aflige?”

P: Que vinho (uma região, não precisa mencionar marca) você gostaria de ver com os seus numa degustação às cegas?
O primeiro que provei, porque lembro hoje o quão o meu paladar era inexperiente e cru.
P: Através de várias degustações as cegas na minha confraria notamos que muito vinho tinto nacional envelhece bem. Alguns de 91 até hoje estão intactos. Nos parece que os vinhos tintos nacionais tem mais potencial do que imaginamos. Algo a dizer?
 está mais do que comprovado. Hoje comercializamos vinhos com 11 anos, mas para isso temos que traçar um projeto de trabalho e “trabalhoso” que se inicia na uva. É ela que nos dá o vinho que queremos e não ao contrário
P: Para finalizar, quando você acha que ao menos uma vez por semana teremos uma garrafa  de vinho fino na mesa de cada família -- de classe média que seja -- ?
Espero que as pessoas se permitam provar o vinho, mesmo que seja suave. Ela tem que criar o hábito do consumo e depois, com a nossa ajuda, vamos mostrar que a verdadeira essência do vinho ainda está por vir.









Mensagem aos Blogueiros Inteligentes. WE MISS YOU.

Recentemente tive o prazer de conhecer duas pessoas do mundo do vinho que tem muito a ensinar e a falar. Os dois tinham blogs, mas segundo eles desistiram dos postings pois o trabalho não compensava a baixa audiência, ou pior ainda, o baixo nível dos leitores. Um deles ja foi viticultor, dos bons, e quebrou, ficou meio deprimido. Big fucking deal. Achou que era muito esperto para a ignorancia reinante, mas he isso mesmo. Pessoas muito sabidas, inteligentes e cultas sao raras no mundo. O que queriam? Condecoracoes pela inteligencia e sapiencia? Nope, that ain't gonna happen.


Eu tenho que discordar desses senhores tão sabidos e peco para que voltem a escrever. O que acontece na internet he isso mesmo; gente de todos os tipos e intencoes. Há os que escrevem sendo amigos de todas as importadoras para ver se continuam sendo chamados para comer e beber de graça, há os que escrevem para vender o que querem vender, há os que chegam com todo gás e logo se vão (blogueiro bexiga de aniversario), há os blogueiros que promovem  as lojas/restaurantes/escolas, ha os que falam sobre função do decanter, da taça, sobre variedades de uvas, há os que falam coisas infantis, tolas, mas todos fazem aquilo que tem a oferecer. Raro seria ver um Paulo Francis da vida em cada blog...


Em suma, a leitura he gratuita e cada um vai ter o publico que merece. De vez em quando aparece um ou outro que não cita fonte, fica chupando artigos dos outros....emfim: coisa de internet... blogueiros inteligentes, essa he a internet. Get over it. Voltem a escrever, nos que queremos aprender coisas relevantes sobre vinhos (seja produção, clima, comercio, logística, leis, cultura, o que for) precisamos de vocês. 


Quando me propus a escrever isso sabia muito bem que jamais atrairia uma multidumbre para o blog, e estou bem contente com esse fato. Eu não posso ter muitos hits por dia por topico. Não faz sentido, mas espero conhecer pessoas brilhantes para poder aprender com eles e quem sabe via um debate aqui e outro ali poder passar algo de bom para frente tambem.



Friday, June 24, 2011

Grandes Entrevistas: Entrevistado Especial Nessa Segundona

Depois de uma marcha para jesus (mega congestionamento por conta disso) e feriado com ninguém comprando, semana que vem começa com uma entrevista que todos vão gostar. Ate la. 

Wednesday, June 22, 2011

Fraudes no mundo do vinho, até quando? ENOPICARETAS. Voyager.

Sonho de consumo e falsificação andam lado a lado há muito tempo. A camada ignorante da população, com ou sem dinheiro sempre incentiva o crime ao comprar produtos roubados, ilegais, contra bandeados ou até mesmo falsificados.

No mundo do vinho o que há de gatuno que produz gato angorá e vende por lebre é uma alegria. Cada um de nós se recorda de vários casos famosos. Esse artigo da Economist da semana passada dá uma ideia legal do tanto que há trouxas e trambiqueiros por aí. In english.

Respondendo a pergunta do título: Para sempre.

 Taste is a delicate thing
WINE buffs are like art collectors. Few can tell the difference between a well-made fake and the real thing. Yet whereas counterfeit art has been around for centuries, wine forgery is relatively new. It started in the late 1970s when the prices of the best wines—especially those from Bordeaux—shot up. Today, with demand from China fuelling a remarkable boom, counterfeiting is rife. By some estimates 5% of fine wines sold at auction or on the secondary market are not what they claim to be on the label.
The simplest technique is to slap the label of a 1982 Château Lafite (one of the most prized recent vintages) onto a bottle of 1975 Lafite (a less divine year). Another trick is to bribe the sommelier of a fancy restaurant to pass on empty bottles that once held expensive wine, along with the corks. These can be refilled with cheaper wine, recorked and resealed. Empty Lafite and Latour bottles are sold on eBay for several hundred euros.
The margins are fruity. A great wine may cost hundreds of times more than a merely excellent one. Small wonder that oenophiles are growing more vigilant. Bill Koch, an energy tycoon and avid wine collector, currently has five lawsuits pending against merchants, auctioneers and other collectors. His grape-related gripes began in 2006, when he filed a complaint against a German wine dealer who sold bottles of Lafite he claimed had once belonged to Thomas Jefferson. The case is unresolved.
“There is a code of silence in the industry,” says Mr Koch, who owns 43,000 bottles of wine and estimates that he has spent $4m-5m on fakes. Some collectors are too proud to admit that they have been duped. Others fear sullying a vintage’s reputation and thereby reducing the value of their own collections. So instead of speaking out, “they dump their fakes into auctions or sell them to other private collectors,” says Mr Koch.
Wine merchants and auction houses say they are doing everything they can to filter out the fakes. Simon Berry, the chairman of Berry Brothers & Rudd, a British wine merchant, says his firm never buys wines from before 2000 unless they come from its own cellars. (Berry Brothers stores nearly 4m bottles on behalf of its customers.) Christie’s, an auctioneer, says all the wines it auctions are inspected three times by different people, using detailed checklists for condition and authenticity.
Fear of fakery has not stopped the boom. But the wines that win the best prices at auction are those whose provenance is certain. In May, Christie’s sold an impériale (six-litre bottle) of 1961 Latour for $216,000 in Hong Kong. It came directly from the cellars of Château Latour.

Tuesday, June 21, 2011

Quem quer ABRIR UMA LOJA DE VINHOS??

Você gosta de vinhos, visita vinícolas, participa de confrarias e um belo dia resolve abrir uma loja de vinhos, não é assim que a vida nos mostra? Não é também a mesma situação de alguém que adora comida, cozinha super bem e resolve abrir um restaurante?

Pois é, nada poderia ser mais errado. Tentarei mostrar o grande erro que é abrir um negocio tão caro, tão complicado e de retorno longo e incerto quando o vôo é cego.
Pontos cruciais para que uma loja de vinhos de certo:

  • 1.       Cash flow is king. Não entendeu? Cash flow is king. Repita isso 100 vezes.
  • 2.       Ponto. Localização é quase tudo. Estude o ponto. Re-estude o ponto. Conheça a vizinhança, pois do ponto você saberá quem são seus clientes, quem são seus competidores, se haverá desapropriações ou não, se o bairro está decadente ou não.
  • 3.       Falando em ponto saiba porque vale a pena comprar ou alugar um ponto. Estude seu locador, a família dele. Veja o quanto pagará pelo aluguel face o valor do imóvel.
  • 4.       Conheça o mercado. Saiba tudo sobre produtos, tendências, importadores, fornecedores. Visite feiras até cansar. Cansa mesmo. É um pé na orelha ficar indo de evento em evento, mas é melhor que seja assim do que ficar a mercê de vendedores que vão lhe falar o que comprar e por quanto.
  • 5.       Coloque as pessoas para trabalhar nos lugares onde elas tem mais competência, inclusive o senhor. Quem é bom vendedor não é bom administrador e vice-versa, exceção feita a algum William Gates da vida....aposto que você não é um Bill Gates.
  • 6.       Falando em pessoas, welcome to hell. Contratar gente de boa índole com conhecimento de vendas e/ou vinhos é mais difícil que achar político honesto.
  • 7.       Deixe seus problemas longe do seu comercio. Aquela cara feia demora varias horas para ser desfeita. Até parece papo de exotérico, mas é impressionante o tanto que as pessoas conseguem nos ler. Bom humor =  ótimas vendas e o contrario é muito verdadeiro.
  • 8.       Faça um business plan. Brasileiro adora abrir empresas e negócios e com o tempo aprender o que deveria ter aprendido, pesquisado antes. Learning by doing é um conceito muito estudado em economia e guess what, custa muito CARO. No business plan deveria constar seu payback time e ROI. Se não souber o que são esses termos, fique como investidor em renda fixa que assim não quebrará.
  • 9.       Aprenda suas despesas antes de abrir sua loja. Você se surpreenderá de ver quantas coisas corroem suas margens.
  • 10.   Aprenda sobre impostos. O governo é seu primeiro sócio. Se não souber o quanto pagará por cada compra e venda, não saberá precificar seus produtos, e se não souber quem são seus clientes (o tal do ponto, ponto, ponto) não saberá que produtos comprar e se não souber do mercado não saberá se estará pagando bem ou  mal pelos produtos. Percebe a seqüência de pode levar um tiozinho legal a bancarrota?
  • 11.   Pague seus fornecedores em dia. No longo prazo os espertonildos sempre se ferram. Ficam ricos tão rápido quanto pobres também. Cara, não seja mais um caloteiro, pague seus fornecedores. Quem paga bem pode exigir preços e condições melhores.
  • 12.   For the fuck´s sake (perdoem as mais educadas), pague seus impostos e livre-se de aporrinhações com auditorias. Muita gente paga um monte em multas e todo o “lucro” que havia antes vira pó de serra, igual ao que existe em muito vinho por aí....
  • 13.   E por ultimo, somente um louco larga um emprego onde ganha R$ 400.000 por ano para abrir uma loja de vinhos ou uma importadora de vinhos. As pessoas ficam ricas com EMPREGOS BONS e não com comercio. Comercio leva anos e anos e anos para dar retorno e nem assim o tutu que sobra será EVER igual ao que vinha do emprego. Nesse caso eu sempre digo aos meus clientes; fique com seu emprego e vai gastar seu dinheiro visitando vinícolas, praias, países,etc. etc...mas não pense que se fica rico com esse negocio.


Ainda assim eu teria feito tudo de novo. Não me arrependo de ter tentado. E a idéia de não dever satisfação a chefe idiota algum não tem preço (sinto pequena saudade dos bons chefes que tive também).
Espero ter ajudado alguém ai fora.

Monday, June 20, 2011

Enopicaretas, a saga continua

El otro dia estava eu numa dessas feiras de vinhos quando ouvi um tipo desses que vai a todas dizer o seguinte sobre todos os vinhos de um expositor “gostei, esse vinho tem muita tipicidade”. Como um CD riscado que toca dia e noite numa boate de beira de estrada ele repetia isso sem parar.

Aí eu me pergunto...será que esse Tapir sabe que o vinho pode ter tipicidade, mas ainda assim ter taninos ruins, álcool em desequilíbrio, acidez pouca ou ainda ter um final de boca muito curto?

Pior ainda, o vinho era um corte, mas como o rótulo mostrava uma uva somente, o incauto demonstrador de sapiência de botequim não esperava que houvesse ainda 25% de outras uvas na garrafa. Ai jesuis. Esse mundo do vinho tem muita figura...alguns estão pelo mundo, vendendo vinhos para muita gente, ou escrevendo blogs... indicando produtos... In vino veritas, my foot! 

Tuesday, June 14, 2011

Porque os webites de COMPRAS COLETIVAS caminham para o ABISMO

Há vários meses penso e vejo que esses sites não são a melhor coisa do mundo para vários tipos de comercio. Agora esse link AQUI mostra um raciocínio muito interessante.


Quem está disposto a investir nisso??


Agradeço a minha fornecedora de matérias especiais que me enviou isso.

Monday, June 13, 2011

Vinho do Uruguay, grande INJUSTICADO

Falou em vinho bom, eu me interesso. Ha tempos que venho falando que o Uruguay produz maravilhas de todos os tipos, nao somente os tannats, mas coisa boa feita de pinot noir, cabernet franc, cabernet sauvignon, merlot e uvas brancas tambem.

O Uruguay deveria ser melhor trabalhado tambem pelas importadoras, pois por questoes tributarias e logisticas os vinhos apresentam uma margem melhor que alguns paises em voga por ai.....

Ha tempos venho acompanhando a evolucao do noticiario sobre os vinhos nesse pais tao simpatico, outrora rico e hoje somente nobre. Muitos investidores extrangeiros plantaram e compraram varios pedacos de terra. As of 2012 creio que bastante coisa interessante estara em producao, tomara que um pouco chegue aqui.

Esse post ja estava programado e hoje recebi um telefonema gentil de uma representante de vinhos uruguayos que prometem ser, segundo ela, uma delicia. A conferir.

Sunday, June 12, 2011

Parker falando mal de Bordeaux. Estava faltandor essa!

Há mais de 200 anos que a turma de Bordeaux encontra um monte de "inocentes" que pagam bem pelos vinhos da tão aclamada região. Mas na semana passada o glorioso R. Parker Tinteiro 51 resolveu dizer que se os vinhos da safra 2010 aparecerem com preços mais altos que os da safra 2009 (aumento declarado pelos Chateaus) os consumidores do mundo ocidental (oh!) se rebelarão contra Bordeaux.

Link aqui, in english.

Mega cara de pau.... depois de ser o maior responsável pelo ressurgimento ou ressurreição da região, agora ele vem com essa.

Saturday, June 11, 2011

A coragem de dizer "NÃO GOSTEI" a um vinho famoso

Com um pouco de litragem, muita leitura, conversas e em suma, convivência para/com/por o vinho adquiri conhecimento suficiente para dizer que as pessoas tem medo de dizer que um grande premier cru não é grande coisa, que um Don Melchor, ou Alma Viva não são tudo aquilo, que aquele Champagne deixa a desejar, que um Nicolas Zapata da vida tão pouco é a melhor coisa do mundo. Pois bem, eu não tenho receio algum e acho interessante que sempre que digo que um Lafite Rothchild é gostoso mas nem de longe vale o que custa (seja em qualquer moeda) as pessoas se revelam e dizem o mesmo.

Há literalmente milhares de ótimos vinhos mundo afora. Abra a sua mente, não va´ pelo preço ou fama.

Uma campanha para acabar com os enopicaretas.

Patrocínio Ministério dos Protetores de Enoutrouxas.

Tuesday, June 7, 2011

Uma Previsão DARK para os [grandes] lojistas e BOA para os consumidores

Grandes e/ou tradicionais lojas em SP (onde conheço o mercado melhor) vem levando chumbo ano após ano ultimamente. Acostumadas com pouca competição durante anos reinaram sozinhas no mercado. Todos conheciam as grandes casas por nomes e era uma alegria ir até lá fazer as compras.... Muito bem, aqui estão as mudanças de mercado e dando a cara à tapa arrisco algumas previsões:

  1. Antigamente havia (ou haviam como dizem por aí. Será que não se ensina mais português??) poucas importadoras e lojas. Lojas essas, na base da amizade, do relacionamento vendiam para o Brasil todo. Hotéis, restaurantes, todos eram clientes. Mas algo mudou, e elas perderam muitos clientes, mas o que foi que ocorreu mais exatamente?
  • Hoje as importadoras estão em muito maior número. Vendem diretamente à pessoa física e clientes jurídicos. São competição para os próprios clientes (as lojas).

  • Com a criação do regime de ST para outros estados, hotéis e restaurantes fora de SP pagam um preço tao absurdo pelas mercadorias que resolveram comprar diretamente das importadoras e de preferência importadoras do estado deles. A loja não tinha mais margem para repassar o produto.

  • A proliferação de lojas por vários bairros. Hoje ninguém tem que ir ao mercado central ou ao centro comprar alguma coisa, por mais requintado que seja esse produto. Minha loja (de bairro) mesmo oferece de tudo, e muita gente me diz "ai que delicia não ter que dirigir ate tal lugar para comprar lá". Convenhamos que dirigir em SP Capital é um pé na orelha.

  • O mercado muda. Antes as lojas tradicionais vendiam absurdos números de cestas de natal, o que era uma grande fonte de renda. Guess what? As pessoas estão cada vez menos dando cestas de presente. Há 3 anos vejo essa turma errando nas compras. Há um estoque gigantesco em muitas lojas desde o natal passado de muitos produtos. 
Às previsões....

  1. Grandes lojas terão que saber operar muito bem nesse novo mercado. O mercado continua do mesmo tamanho e o bolo terá que ser dividido entre mais comedores. O volume deles tende a diminuir.
  2. Com o advento dos smartphones consumidores chegam as lojas munidos de toda informação de safra e preço. O "Gerson" que se cuide, pois a nova geração não quer saber de muita firula, quer preço bom. Ponto. Comparam na nossa frente os preços.
  3. O faturamento por loja vai cair para todos. Um processo de seleção natural muito abrupto e cruel. Preparem-se para diminuir um pouco o padrão de vida e azar de quem não se adaptar a nova realidade.
Und das ist das....

Thursday, June 2, 2011

A Bolha na Economia do Brasil. Agora o Financial Times !!

Artigo de hoje do Financial Times sobre a bolha Brasil. Já vivi essa bolha em 2 outros países....impressionante como as pessoas se recusam a ver a realidade como ela é.

Link aqui

Por razoes de copyright não posso publicar o artigo na base do copy and paste.

Uma Previsao [SOMBRIA] para Importadores e [BOA] para consumidores

Straight the point: Um monte de importadoras de vinho quebrara, e logo. Por que?


Qualquer vivente que tenha comercio de bebidas e ou vinhos já reparou que ultimamente as ofertas, os rótulos, os representantes de importadores são em maiores números que jamais vistos. Algumas importadoras tradicionais já abrem caixa. Acabou a arrogância de querer impor cotas, ou caixa fechada.


Estou recebendo bastante boletos de AGIOTAS ou factoring ao invés do boleto da importadora. Muitos estão de joelhos precisando de cash e o mercado eh COMPRADOR. 


Mais e mais importadores estão entrando no mercado. Alguns porque gostam de vinho, outros porque acham que o dinheiro he fácil ou simplesmente porque não tem mais o que fazer da vida. Grande maioria de ex-executivos que decidem aplicar dinheiro da indenizacao numa importadora de vinhos.


Essa bolha enorme esta estourando, mas devagar...e se pode perceber algumas coisas:



  1. Quem não for extramente profissional e esperto na adminstracao e comercial vai quebrar.
  2. O comum nao basta. O vinho tem que ser otimo e o preço idem! Chega da mesmice.
  3. Uma guerra de preços. Esta fácil comprar otimos vinhos por otimos preços. Quem não consegue fazer ou ver isso também quebrara (lojas e afins)
Como lojista e importador creio que esses tempos de crise sao otimos. Exceto por algumas distorcoes causadas por vantagens injustas, a selecao natural e posterior morte de muito importador criara um mercado melhor, com melhores rotulos e precos.

Depois tem mais sobre o varejo....tambem ha bastante gente balancando.