Wednesday, January 4, 2012

Edição Extra. Mais Otarios sendo Explorados no Litoral de SP

Do Estadao. Não dá mais raiva de quem é explorado do que do explorador? Só deixar de ir la....


Preços da temporada são teste para o bolso da população no litoral de SP

Turistas e moradores de cidades litorâneas reclamam de 'inflação' gerada durante o verão

03 de janeiro de 2012 | 23h 01
Reginaldo Pupo - especial para O Estado de S.Paulo
SÃO SEBASTIÃO - Além de paciência para enfrentar filas em estradas, padarias, mercados, caixas eletrônicos, postos de combustíveis e até para tomar sorvete, turistas precisam preparar o bolso no litoral norte paulista. Na temporada de verão, preços costumam ser bem mais salgados.
Praia da Enseada lotada na alta temporada e produtos inflacionados - Werther Santana/AE
Werther Santana/AE
Praia da Enseada lotada na alta temporada e produtos inflacionados
Parar o carro em Maresias, por exemplo, pode custar até R$ 30 a hora em terrenos baldios transformados em estacionamentos sem alvará de funcionamento, seguro ou cobertura para veículos. "Não tem jeito. Prefiro estacionar meu carro a deixá-lo na avenida, pois o número de furtos aqui parece ser alto, pelos comentários que ouvi", disse o publicitário Emerson Puccinatti, de Ribeirão Preto.
Na badalada Praia do Curral, em Ilhabela, parar o carro em garagens de residências e bares também sai caro. Uma hora não sai por menos de R$ 20.
Tomar cerveja na praia é outro hábito que requer dinheiro extra. Uma garrafa de 600 ml de cerveja comum é vendida por R$ 15 em Maresias. O problema se repete com o comércio ambulante - e em sua maioria clandestino - nas praias. Preços não só de cervejas como de refrigerantes e garrafas de água mineral e de coco costumam ficar até 50% mais altos. Um refrigerante vendido a R$ 2,50 no mercado sai em São Sebastião por R$ 3,50 em um quiosque da Praia do Arrastão e por R$ 5 em Maresias.
Um clube de luxo localizado em Ilhabela cobra R$ 50 para usar a espreguiçadeira na praia. "Nem quis ver o preço do cardápio de consumação para não estragar meu dia. Prefiro ficar contemplando a paisagem", brincou bancário paulistano Otávio Meire de Freitas.
Cardápios. Mas são os restaurantes que mais faturam na temporada. Cardápios executivos, com preços mais acessíveis, somem das mesas para dar lugar a cardápios de pratos mais elaborados - e caros. "Não há como almoçar bem no litoral sem gastar menos de R$ 150", disse o advogado José Roberto Craveira, de São Paulo, que havia acabado de almoçar com a mulher na Rua da Praia, em São Sebastião. "Imagine o quanto a gente gasta almoçando e jantando durante uma semana aqui? É um verdadeiro assalto."
Os preços altos desagradam também aos moradores. Jessica Lobato, de Caraguatatuba, notou que até mesmo as roupas tiveram aumento. "Antes do Natal, fui ver uma calça e o preço na vitrine era de R$ 50. Ontem fui comprá-la e já estava por R$ 79."
A dona de casa Teresa Amarante, de São Sebastião, fez uma pesquisa de preços antes do ano-novo para saber o que levar para o réveillon. "Deixei para comprar no dia 31 e tudo havia aumentado em média 20%."

4 comments:

  1. Por isso eu tenho seguido a seguinte regra: economizar e gastar na Europa. Com o dinheiro que eu gastaria no litoral brasileiro eu prefiro curtir o velho continente. A última vez que estive em Paris jantei no Le Procope (restaurante mais antigo do mundo). Lá eu não precisei me preocupar com assalto e muito menos com a conta, pois paguei singelos 75 euros por dois menus - entrada, principal e sobremesa - e ainda um excelente vinho, sem falar nas várias garrafas de água mineral gasosa que minha namorada tomou. Por que sofrer em “terra brasilis”?

    ReplyDelete
  2. oi Doni. Paris tambem tem o restaurante mais velho do mundo? Eu perdi meu tempo no Botin em Madrid duas vezes entao (mas o comida boa!).

    Vai saber onde mais ha o restaurante mais velho do mundo? Em Burgos (tambem espanha) fui num que tinha mais de 500 anos.

    Concordo contigo. Desprezo o setor turistico brasileiro. Pego um aviao e vou para qualquer lugar em 3, 5 horas e vou ser melhor tratado, vou ver coisas diferentes, vou aprender e ainda por cima gastar menos.

    O pior do Brasil he o brasileiro.

    ReplyDelete
  3. Caro sr. Ratão. Há uma longa discussão a respeito de qual seria o restaurante mais antigo do mundo. Pelo que eu li até o momento, quem realmente pode se orgulhar disso é o restaurante francês Le Procope, fundado em 1686 (http://www.procope.com/). Lá você pode admirar o chapéu de Napoleão, deixado por ele, ou, se preferir, tirar uma foto ao lado da mesa utilizada pelo próprio Voltaire, perfeitamente preservada! Sem falar na fabulosa arquitetura e decoração, incrivelmente bela e acachapante!

    O ponto crucial nesse assunto não é o título de mais antigo, algo que sempre renderá enorme discussão, mas o preço cobrado por esses grandes restaurantes, assustadoramente mais baratos do que o valor cobrado pelos “similares” brasileiros. Difícil sair para jantar a dois em BH, por exemplo, e gastar menos de 150 reais. Conheço pessoas que pagam 80 a 90 reais em apenas um prato! Vinhos? Há vários aqui em BH que te obrigam a deixar no mínimo 250 reais (sem muito esforço). Nem comento a respeito dos vinhos, pois é humilhação. No Le Procope, por exemplo, se não quiser jantar, pode almoçar, e garanto a você que não gastará mais do que 18 euros por pessoa.

    E pior disso é que conheço vários brasileiros que vão para Europa e preferem comer MacDonalds e se orgulham de irem ao Porcão e gastarem quase 200 reais para comerem carne até sair pelas narinas.

    Abraço!

    ReplyDelete
  4. Oi Doni: E eu pensando que somente os paulistas fossem trouxas de pagar R$ 300.00 por uma noite fora num restaurante e achar bonito.

    Por que as pessoas insistem em pagar tanto? Quando na pessoa juridica eu ate entendo, mas uma familia deixa R$ 1,000 numa saida facil em SP, ou Rj, ou DF.

    Acompanhei isso na Russia e Espanha. Esse deslumbre. Torco para a realidade voltar logo.

    Sds.

    ReplyDelete