Saturday, March 31, 2012

Frase Do Mes

Cada vez que algum iluminado das vinicolas gauchas ou associacoes abrem a boca, as importadoras de cerveja e os fabricantes locais sorriem.





Friday, March 30, 2012

Nao Tem Jeito. O Pior Do Brasil He O brasileiro


Estadao online

Bar vendia chope mais barato como se fosse Brahma, no centro de SP

Estabelecimento é interditado; gerente do bar é preso

30 de março de 2012 | 16h 27
São Paulo, 30 - Agentes da Polícia Civil prenderam em flagrante na manhã desta sexta-feira, 30, o gerente do Bar do Léo, localizado no número 100 da rua Aurora, centro de São Paulo por vender chope Ashby como se fosse Brahma. Segundo informações do Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC), também foram encontrados no bar alimentos vencidos e sem rastreabilidade. Wilson França de Souza, 34 anos, vai responder por crime contra relação de consumo.
Bar cobrava R$ 9,40, como se fosse chopp Brahma.
O gerente do Bar Léo foi autuado após oferecer chope Ashby, que custa R$ 5,30, como se fosse Brahma, pelo valor de R$ 9,40. De acordo com o delegado titular do DPPC, Marcelo Jacobucci, no site do bar consta a informação de que o local é abastecido diariamente com chope Brahma, "e isso não condiz com a realidade", afirmou Jacobucci.
Madir Milan, de 77 anos, irmã da proprietária do local, também foi autuada e irá responder por crime contra relação de consumo.
O DPPC explica que a Coordenadoria de Vigilância Sanitária do Município de São Paulo já interditou o bar, mas que ainda não determinou por quanto tempo ele permanecerá fechado.

Boycott News Do Dia. Grupo Fasano

Mais uma grande derrota do vinho nacional. Essa vai doer tambem para os pequenos (infelizmente). Ver ate o final.
http://revistamenu.terra.com.br/2012/03/29/fasano-tambem-tira-vinhos-nacionais-de-sua-carta/

Fasano também tira vinhos nacionais de sua carta

29 MARÇO, 2012  |  RESTAURANTESVINHOS
O sommelier do Fasano, Manoel Beato
Por Suzana Barelli
Manoel Beato, um dos mais conceituados sommeliers do Brasil, decidiu também tirar os vinhos brasileiros das cartas dos dez restaurantes do grupo Fasano. Os rótulos nacionais vão saindo das adegas das casas de Rogério Fasano conforme as cartas de cada restaurante forem sendo refeitas nos próximos meses. “Não vou mudar a carta agora, mas conforme os vinhos forem acabando, não vamos comprar mais. E nas novas cartas não teremos vinhos brasileiros”, afirma Beato.
O sommelier tomou a decisão de tirar todos os vinhos brasileiros das cartas como forma de pressionar a Ibravin e demais associações que apóiam a salvaguarda a desistirem do projeto. “Sei que a medida é forte, pela imagem do Fasano, mas é como conseguimos reagir ao projeto de limitar a diversidade do vinho”, diz Beato. “A salvaguarda é um retrocesso, em um momento em que a imagem de qualidade do vinho brasileiro está crescendo”, acrescenta. Dos mais de 350 rótulos da carta do Fasano, os brasileiros representam 10 rótulos – é um volume pequeno, mas importante para a imagem de qualidade do vinho nacional.
Mais: Beato é um sommelier conhecido por valorizar a produção nacional. Não raro, ele coloca tintos brasileiros em provas às cegas com grandes marcas européias para clientes e enófilos. São sempre vinhos que ele provou, gostou e se surpreendeu. E faz um trabalho importante para diminuir (ou acabar) com o preconceito de muitos consumidores com os vinhos elaborados em nosso país.
Além do Fasano, várias casas de alta gastronomia anunciaram que estão tirando os vinhos das vinícolas brasileiras que apóiam a salvaguarda de suas adegas. Roberta Sudbrack, Claude Troisgros e Felipe Bronze, no Rio de Janeiro, e a Tasca da Esquina, em São Paulo, são os principais. Ontem, o D.O.M. e o Dalva e Dito, em São Paulo, anunciaram que estão tirando todos os rótulos, e não apenas os das vinícolas que apóiam a salvaguarda, de suas cartas.

Mensagem Ao Mercado: Vinícola Maximo Boschi

Me perguntam que tipo de vinicola nacional eu apoio, conheco e nao boicotaria. A Maximo Boschi é uma delas. Pequena, honesta, competente e valente nesse país e ramo lotado de picaretas. Vinhos bem feitos e diferentes. Nada a ver com aquele vinho de laboratorio que tanto inunda o planeta hoje. 


Leiam abaixo o e-mail que recebi de um dos donos (Sao dois donos). Para quem nao se lembra eles deram uma entrevista legal no inicio do blog. Reparem quando o Renato diz do poder do consumidor, que finalmente parece estar acordando para tal fato. Link aqui: CLICK AQUI


A Maximo Boschi esclarece que não compactua com esse erro grosseiro e quebra das regras no meio do jogo, sempre fomos adeptos ao planejamento e discussões para chegarmos ao melhor resultado a longo prazo. Foi o que fizemos com o Selo Fiscal aonde, infelizmente, nossos argumentos não foram suficientes para provar que a medida não traria benefícios, e sim o contrário.
Deveríamos copiar ações de outros setores e com união de todos do setor vitivinícola planejarmos propostas concretas de redução de impostos, imposto único, bloqueio inteligente do descaminho..., isso sim, creio, que nos daria imagem, conceito e retorno a todos os lares e a todas as mesas dos consumidores brasileiros.
Peço encarecidamente às pessoas que estão “levantando” a bandeira do boicote ao vinho brasileiro que pensem, reflitam... e que não levem adiante essa ideia. A Maximo Boschi é pequena, mas sentirá na pele essa decisão. Temos certeza que a medida de salvaguarda foi tomada por poucos, sem haver uma discussão ampla com todo o setor e, principalmente, os menores pagarão  caro.
Atenciosamente,

Renato Antônio Savaris

Thursday, March 29, 2012

Boycott News Do Dia

Leitor atento sabe porque boicota vinho nacional. Clicar no link para tirar conclusoes.

Da minha parte: Ja estou boicotando vinhos das grandes empreas.

http://cbn.globoradio.globo.com/programas/cbn-brasil/2012/03/28/PRODUTORES-DE-VINHO-DEFENDEM-CRESCIMENTO-EQUILIBRADO-DO-CONSUMO-DE-VINHOS.htm

Mais tarde, a pedidos, tentarei dar uma de Salomao e nomear algumas vinicolas boas, honestas e lutadoras.


Wednesday, March 28, 2012

Boycott News. Para Quem Estava Com Saudades

Da Folha de S. Paulo de hoje. 


PS: Reafirmo e reforço minha posição. Nao compro vinhos de predadores. Importados ou nao. Ferro nos Gersons e incompetentes. Darwin neles!!


PS 2: (nao he playstation, he post scriptum.) Concordo com o dono da Mistral. Já esta havendo aumento no consumo de cerveja. Comento isso há algumas semanas. #sonaovequemnaoquer


28/03/2012 - 07h13

Boicote tenta impedir o aumento do Imposto de Importação sobre vinhos e criação de cotas

LUIZA FECAROTTA
DE SÃO PAULO
As reações ao pedido dos grandes produtores gaúchos para a criação de uma salvaguarda para o vinho brasileiro não param de crescer.
Em uma semana e meia, uma corrente de retaliação promove um boicote ao rótulos nacionais nos restaurantes e nas lojas, uma grande marca tirou seu nome da disputa e a controvérsia ganhou dimensão internacional.
Unidos, importadores, chefs, "restaurateurs" e sommeliers buscam apresentar argumentos ao governo antes que medidas como o aumento do Imposto de Importação -cogita-se de 20% para 55%- ou a criação de cotas -a imposição de um limite na quantidade de garrafas importadas- sejam concretizadas.
Apu Gomes/Folhapress
Barris de carvalho na Vinicola Miolo, em RS
Barris de carvalho na Vinicola Miolo, em RS
No Rio, a chef Roberta Sudbrack retirou do cardápio os rótulos brasileiros de vinícolas ligadas à petição. É um gesto simbólico, diz ela, e uma maneira de se posicionar sobre um assunto que "pode colocar em risco o crescimento da gastronomia e do país".
O restaurante Tasca da Esquina e a loja de bebidas Rei dos Whisky's & Vinhos -das maiores redes varejistas-estão dispostos a fazer o mesmo.
Thiago Locatelli, sommelier do Varanda Grill, diz que a salvaguarda é "um tiro no pé", que os "consumidores estão revoltados" e que o "mercado brasileiro será inundado por vinhos argentinos e chilenos".
Juntos, os dois países detêm 60% do mercado de vinhos importados no Brasil.
Na Argentina, José Zuccardi, o "rei do malbec" e diretor da Familia Zuccardi, uma das principais vinícolas daquele país, diz que o baixo consumo per capita no Brasil -dois litros por habitante, por ano- é um dos entraves.
"Isso vai contra o desenvolvimento dos próprios vinhos brasileiros", afirma Zuccardi.
Ele, que com a alíquota zero do Mercosul pode se beneficiar com as medidas de salvaguarda, acredita que o vinho importado pode estimular o "crescimento de um grande mercado para os vinhos brasileiros".
Patricia Araujo/Folhapress
Sommelière Daniela Bravin serve taças de vinho
Sommelière Daniela Bravin serve taças de vinho
Enólogos afirmam que, com a abertura da década de 1990, os consumidores passaram a provar bebidas europeias de maior qualidade e, com isso, os viticultores gaúchos viram-se obrigados a profissionalizar a produção.
Diz o português Antonio Soares Franco, produtor dos vinhos Periquita: "Foram os importados que promoveram a qualidade do vinho brasileiro. É uma guerra em que ninguém sai ganhando."
CERVEJA
Para Ciro Lilla, dono da importadora Mistral e vice-presidente da Associação Brasileira de Bebidas, o mais provável é que "todo mundo beba mais cerveja, o principal concorrente do vinho".
"É absurdo. Salvaguarda é para proteger ramos que estão em perigo de extinção e, segundo o próprio Ibravin [Instituto Brasileiro do Vinho, que encabeça a ação], o mercado cresceu 7% no último ano, mais que a economia."
Rogério D'Avila, dono da importadora Ravin, diz que o "pequeno produtor brasileiro também é massacrado". Eduardo Angheben, da vinícola que leva o seu nome, diz que a salvaguarda é "antipática" e pleiteada por um grupo de companhias que concentram essa indústria.
Famosa pelos espumantes, mas também produtora de vinhos tintos, a Salton, antes signatária do pedido de salvaguarda, voltou atrás - não apoia mais a medida por considerar que "restringe o livre arbítrio dos consumidores".
Carina Cooper, sommelière da marca, diz que "os vinhos no mundo não são iguais, cada um tem uma história, uma uva, um estilo".
Colaborou FELIPE BÄCHTOLD, de Porto Alegre

Psssst, Sobre Boicotes

Enquanto frequentava uma casa de massagem perto do terminal rodoviário Jabaquara, estive pensando sobre o tal boicote às vinícolas nacionais. Eu não compro, não comprarei e tenho raiva de quem compra vinho nacional das grandes empresas, MAS eis que me lembrei que no meu cotidiano como lojista também boicoto (ao não comprar, somente isso) vinhos de grandes empresas que tem margens e preços absurdos. Nacionais ou não. Aqui não entra miolo mole, escarraro, valenentanto, saltão de itu, etc. Muito menos aberrações europeias que há 5 anos até meu pai achava que eram vinho. Tipo aqueles italianos ou portugueses pavorosos, ou os chilenos que ficam em padaria. Ou nos supers da vida. Ecate.

Agora que o consumidor de vinho aprendeu que ele tem um PUTA PODER nas mãos, que tal começarmos a combater essas porcarias que são empurradas goela abaixo por preços abusivos??

Pessoal, que se lasquem todos esses que durante anos e anos exploraram a todos. Rolha neles (pensei em rola, mas ficaria vulgar)! 

Por ultimo: Você que é vendedor, importador....para de pagar rolha para comprador ou sommelier bandido. Boicote para qualquer tipo de corrupto também. Adianta falar mal de politico fazendo justamente o que todos fazem?

Muda Brasil. 

Tuesday, March 27, 2012

Bom e Barato. Comidas

Vencedor da semana é um simpático bistrô (maior que bistrô, pela definição, mas um bistrô a la SP) chamado Casinha de Monet, la em pinheiros, bem perto da Rebouças.


Comida bem feita, bom atendimento, preços corretos para tudo. Cafe não dos melhores, mas no nível bem mais alto que muita coisa por ai.


Carta de vinho alterna vinhos muito conhecidos com algumas novidades. De novo, o preço fica um pouco abaixo dos preços de restaurantes (leia-se "preços abusivos).


Vale a pena conferir.


R$ 40.00 por pessoa em média. 

Saturday, March 24, 2012

Vinicolas Gauchas Negam Que Sejam Produtoras Do Vinho Caro E Ruim Que Vendem

Bento Goncalves, Urgente.

Numa reviravolta do caso Salvaguardas gate, as vinicolas do vale dos vinhedos encantados anunciaram por meio de um  press release que os verdadeiros produtores dos vinhos que essas comercializam sao as associacoes Ibravinho, Tchevinho, Sindivinho e MSVB (movimento dos sem vinho bom).

"Negamos qualquer producao dos vinhos que contem nossos rotulos, nossos CNPJs, nosso marketing, nossos enologos. Quem faz esses vinhos fora de padrao, caros, com gosto de laboratorio sao as entidades  supra-citadas", anunciou Getulio Vargas Garibaldi, representante das co-irmas (sic).

Que disposicao.

Friday, March 23, 2012

Salton Anuncia Que Nao Apoiara A Palhacada. Agora He Tarde Para Salvar Imagem?

Grande pequena vitoria. Finalmente uma grande vinicola falou algo. Vamos vencer (nos, consumidores) esse batalha ridicula. Agora falta uma outra grande tambem se pronunciar. Pelo jeito NINGUEM quer assumir a paternidade disso.


Leiam aqui http://colunistas.ig.com.br/vinho/2012/03/22/a-salvaguarda-azedou-o-mundo-do-vinho-e-deve-aumentar-o-preco-do-importado-saiba-por-que/


Mas de uma coisa estou certo: Essas vinicolas ficarao com imagem manchada durante um bom tempo.


Boicote neles!

E nada melhor que Raul Seixas falando sobre criticos e o produto que avaliam... "a burrice he tanta, esta tudo a vista e todo mundo posando de artista. Eu sei que ate parece serio, mas he tudo armacao".

Que classico.

Thursday, March 22, 2012

Valor Economico. Artigo Dissecando Com Propriedade A Palhacada Das Eno-Carroucas

Presente para vocês que não tem dinheiro e ficam lendo somente jornal de graça nos semáforos. Belo artigo escrito que foi publicado no Valor de hoje. E ai, alguém ainda da credito para os eno-bombachas de araque? Vao de retro! Eu quero é escolher o que tomar e comprar! #Boicote neles


Reparem como essa situação vai ferrar com o pequeno produtor. Aquele que vende uva aos grandes e nem sempre recebe no prazo e preços combinados. 


Acho que o Jorge Lucki é hoje o único jornalista sobre vinho com nível similar a alguns bons jornalistas dos estrangero....



Nossa 'pobre' indústria vinícola está 


ameaçada?

  
O assunto do momento, altamente preocupante, no mercado de vinhos no Brasil é o processo aberto oficialmente quinta-feira da semana passada, conforme circular publicada pela Secretária de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), para investigar a necessidade de aplicação de medidas de salvaguarda sobre as importações de vinho que, supostamente estariam causando graves prejuízos à indústria vinícola nacional.
O pedido foi encaminhado em conjunto pelo Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), pela União Brasileira de Vitivinicultura (Uvibra), pela Federação das Cooperativas do Vinho (Fecovinho), e pelo Sindicato da Indústria do Vinho do Estado do Rio Grande do Sul (Sindivinho), e se baseia numa série de dados e argumentos para pleitear severas sanções aos vinhos importados, que vão desde o aumento 27% para 55% no imposto de importação até a imposição de cotas para cada país.
É, imagino, a última cartada dos produtores nacionais, melhor dizendo, um grupinho deles - principalmente Miolo, Salton (que saudades do Angelo), Aurora e Valduga -, para tentar aumentar sua participação no mercado, depois de utilizarem toda sorte de manobras para estorvar a entrada de vinhos importados. Até então as tentativas foram mais de ordem burocrática, caso da luta para implantar o selo fiscal e da pressão que resultou em necessidade de emissão de licença de importação, L.I., providência que têm que ser encaminhada com 60 dias de antecedência para que a mercadoria possa embarcar.
Cabe perguntar quem ganharia com as salvaguardas pedidas pela indústria vinícola nacional. Só os grandes, aparentemente
A propósito, essa última medida, vigente desde o ano passado, atingiu vinhos chilenos e argentinos. Colocada em prática de surpresa, causou grande confusão e desabastecimento no início, até as importadoras conseguirem se programar com antecedência, como ocorre hoje. Não parou aí, porém. O mais recente e irritante imprevisto, tornado conhecido nesta terça-feira enquanto estou escrevendo a presente coluna, e vigorando de imediato, estende a necessidade de L.I. para todos os países europeus, atingindo, assim, até contêineres prestes a seguir viagem. Isso implicará, às importadoras, quebra de estoques e impossibilidade de atender compromissos assumidos, assim como acarretará prejuízos diretos, diante da obrigatoriedade de arcar com os custos de armazenagem nos portos de saída.
Desde a divulgação das salvaguardas, há uma semana, portanto, colegas do setor fizeram circular internamente pelos diferentes meios digitais mensagens de protesto e indignação, algumas mais veementes, outras mais complacentes. Confesso que nesse meio tempo balancei entre as duas posturas, pendendo agora mais para a primeira depois de saber da norma sobre a indispensabilidade de licença de importação para vinhos europeus mesmo em vias de embarcar. É muita arbitrariedade e desrespeito ao empresário que paga impostos (que são mal empregados). Embora seja dispensável qualquer associação, toda essa desfaçatez me fez lembrar de um artigo escrito por jornalista russo da área - a admirada Jancis Robinson fez publicar em seu site (www.jancisrobinson.com) -, revoltado com desmandos muito menos relevantes arquitetados por órgãos governamentais russos. Mal sabe ela o que se passa aqui.
Ao recordar de uma velha frase que me foi dita por um sábio produtor francês - "a raiva não é boa conselheira" - recuperei a serenidade e mergulhei no tema central de hoje. Afinal, quais argumentos levados pelos representantes de (alguns) produtores brasileiros sensibilizaram o secretário do Comércio Exterior a ponto de ele decidir levar adiante a investigação sobre a necessidade de impor salvaguardas contra os vinhos importados?
Para começar, o que me chama a atenção é que eventuais medidas favoráveis à indústria nacional vão contemplar em especial os vinhos europeus (australianos e neozelandeses também, mas são menos importantes no ranking de importações), isentando argentinos e chilenos, os verdadeiros concorrentes dos vinhos nacionais. Ainda que o Chile possa ser atingido pela implantação de um sistema de cotas, suas consequências são pouco significativas. Entre outros motivos porque o critério de cotas é mafioso, só os grandes conseguem entrar, exatamente aqueles cujos vinhos têm preço mais baixo. Ficam de fora os rótulos de pequenos produtores, os melhores e diferenciados, que são para apreciadores mais exigentes, os quais as vinícolas nacionais não alcançam.
No documento enviado ao Mdic, os peticionários - forma como os representantes da indústria vinícola brasileira são denominados no processo -, para dirigir o foco aos rótulos do Velho Mundo, sustentam no item 4.3.1 que a crise "provocou queda no consumo de vinhos desses países a partir de meados de 2009 (...) e os consequentes aumentos dos estoques levaram esses exportadores a buscarem mercados alternativos para desova de seus produtos. Por consequência, o excesso de oferta provocou redução nos preços, muitos dos quais acabaram sendo vendidos a custos variáveis, pois o custo de estocagem de um produto como este é muito elevado. Veja o caso da Itália, que em 2010 exportou para o Brasil vinhos italianos a preços similares ao custo de produção da indústria nacional. Na esteira do desenfreado crescimento das importações, motivado por excesso de oferta, os preços caíram, obrigando os intermediários locais, a fim de evitarem estocagem, a desovar seus produtos importados a preços mais reduzidos ainda. Assim, no mesmo sentido destes também, os varejistas reduziram os seus preços de vinho fino por terem mais gordura para isso, vez que a lucratividade, mesmo assim, ainda era substantiva".
Não sei se é absoluto desconhecimento de como trabalham os produtores europeus (e os importadores brasileiros), ou se vale colocar no papel - oficial, protocolizado - qualquer bobagem e ela causará impacto, acreditando não ser possível provar o contrário. Ainda que isso não me caiba e eu nem tenha documentos para mostrar - as duas associações de importadores, a Abba e a Abrabe, mais a Abras, Associação Brasileira de Supermercados, têm prazo de 40 dias para defender seus interesses -, basta verificar se surgiram rótulos novos por aqui nesse período, se eles foram vendidos por valores inferiores aos similares existentes e se estes tiveram seus preços reduzidos. Quem dera fosse verdade.
Continuando no mesmo item, os representantes da indústria vinícola brasileira afirmam: "Tal inflada de mercado provocou vertiginoso aumento do consumo de 31,01% sobre o volume consumido no ano anterior. Por consequência, os varejistas, ao reduzirem os seus preços, afetaram toda a cadeia produtiva provocando aumentos de estoque e queda de preços, além de a indústria nacional não conseguir sequer recuperar a inflação do ano passado. O comportamento das importações no ano de 2010, portanto, foi resultado de fato completamente imprevisto, resultado da crise internacional, que se fez sentir no mercado dos países consumidores de vinho em 2009, e tiveram reflexos diretos no setor vitivinícola no Brasil com extrema intensidade em 2010. Por a economia brasileira não ter sofrido seus efeitos de forma tão severa, o vinho estocado no mundo acabou por desembarcar no Brasil".
Nesse aspecto, os responsáveis pela elaboração da petição demonstram, no mínimo, incapacidade de analisar e interpretar os dados de importação. Em 2009, o volume de vinho importado de Itália, Portugal e França decresceu, recuperando-se com alguma sobra em 2010. Isso se deveu, fundamentalmente, a antecipações das importações em função da iminência da implantação do selo fiscal (!), previsto para entrar em vigor em janeiro de 2011. O que houve, na realidade, foi uma retomada da progressão dos anos anteriores. Ainda assim, o único país a dar um salto acentuado foi o Chile, em particular pela Concha Y Toro, que havia se instalado no Brasil e tinha cacife para adiantar os embarques.
No item 2.3, o documento faz menção à similaridade entre o produto importado e o nacional para provar que o primeiro concorre diretamente com os elaborados no Brasil, já que "são produzidos a partir de uvas vitis vinífera, possuem características semelhantes e destinam-se ao mesmo mercado, sendo inclusive comercializados em embalagens semelhantes (citar embalagens semelhantes é demais)". Tudo isso é infantil e vai contra toda a magia e cultura do vinho, que é baseado em diferenças de terroir e de características. Foi exatamente essa diversidade que permitiu, a partir da abertura das importações, incitar o consumidor a exercitar seu paladar, com reflexos no aumento do consumo de vinho e na melhoraria do que lhes era oferecido. Isso, não podemos esquecer, mudou (para muito melhor), inclusive, o cenário vitivinícola brasileiro, até então dominado por multinacionais e seus vinhos de quinta categoria. O aumento do interesse e, consequentemente, da cultura do vinho no Brasil abriram novas frentes de trabalho, tanto do lado da produção - eles, em parte admitem - quanto dos serviços.
Os peticionários reconhecem a evolução no consumo nacional de vinho - "considerando os anos extremos da série (2006 e 2010), verificou -se crescimento de 30,4% no consumo nacional de vinho" - e que "tanto as vendas domésticas quanto as importações seguiram a tendência de comportamento observada em relação ao consumo". Mas, esquecendo-se das razões que levaram ao aumento das importações em 2010 (citadas mais acima), apontam (no mesmo ítem 4.2) que "ante ao crescimento de 20,6% no consumo nacional de vinho, de 2009 para 2010, as vendas domésticas cresceram 2%, enquanto as importações aumentaram 26,9%".
Vale em todo caso ressaltar que a aludida perda de fatias de mercado por parte das vinícolas nacionais se refere a vinhos finos - os elaborados com uvas vitiviníferas, "similares aos importados" - que representa apenas 10% da produção brasileira. Se for levado em consideração o total de uvas colhidas, a proporção se inverte, 78% contra 22%, aproximadamente. Significa dizer que são pequenos, senão quase inexistentes, os reflexos da queda de participação dos vinhos finos nacionais na cadeia empregatícia do setor. Por outro lado, eventuais medidas desfavoráveis ao vinho importado trarão sérias consequências no mercado de empregos, não só diretos, mas igualmente no que gira em volta, caso de restaurantes, casas especializadas e publicações.
Por fim, cabe perguntar quem ganha com tudo isso? Só os grandes, aparentemente. O item 10 da petição, que elenca uma série de compromissos por parte da indústria nacional, fala de uma "reestruturação competitiva do segmento produtor de vinhos finos brasileiros", todos eles passíveis (?) de serem cumpridos por empresas de porte. Os tópicos não dão espaço aos pequenos produtores. Citam "novas plantações em regiões relativamente planas, que viabilizariam a intensificação de plantios de videiras em grande escala, possibilitando a otimização do maquinário, e com a redução dos gastos de produção, em virtude principalmente de menores custos de tratamentos contra as doenças da uva. Assim procedendo se conseguirá reduzir os custos em 35% (?) nessas novas regiões quando comparadas às regiões tradicionais de cultivo". Reforçam minha tese no parágrafo que diz: "Em outro contexto, mas com o mesmo espírito e determinação em promover ajustes e correções que deem maior competitividade ao setor vitivinícola, registra-se que esse setor vem lutando para melhorar sua competitividade frente ao produto importado através de aquisições, fusões e incorporações".
Os pequenos produtores vão ficar cada vez mais limitados a meros fornecedores de uva. Até porque eles têm dificuldade para cumprir com as exigências fiscais e sanitárias para conseguir o selo fiscal que lhes permite elaborar e comercializar seus vinhos. Não percebi em nenhum momento, antes e muito menos nesse documento, algum tipo de preocupação em facilitar-lhes a vida, como, por exemplo, pleitear seu enquadramento no Simples. Quando se fala de representantes do setor vinícola nacional deve-se entender com sendo porta-voz dos grandes.
E estes estão preocupados com produtividade, repetido várias vezes no item 10, que abrange "metas para o futuro". Não há qualquer menção à melhoria de qualidade. Vão assim conseguir, apenas com maior escala e baixa nos custos de produção, conquistar o consumidor brasileiro, seu maior objetivo? A estratégia de dificultar a entrada de vinhos importados e, agora, de procurar aumentar seus preços através da mudança no Imposto de Importação para conseguir melhor posição no mercado nunca deu e nem vai dar certo. Não creio que o consumidor, na falta ou pelo aumento de preço de importados, vai migrar para o vinho brasileiro.
O pedido de salvaguardas está em fase de análise. Diante da inconsistência dos argumentos apresentados pela indústria nacional, creio que não será aprovado. Ao menos se a decisão for técnica. Se for política, fico na esperança de virem pressões de fora.

O Ataque Das Eno-Carrocas Vai Falhar

O inferno he o vinho nacional feito pelas grandes vinicolas. Hoje no Estadao (veja de graca aqui 1 e aqui 2leio mais opinioes de peso contrarias a medida idiota inventada pelas grandes vinicolas gauchas. Realmente sao tao fracos da cabeca que nao conseguiram prever a forte reacao contra. Alem do aumento de contrabando e raiva dos consumidores (incluindo um numero enorme de pessoas importantes que ja estao vetando o vinho nacional nos estabelecimentos).

Boicote neles.  Nesse link que cascata da para ver como estao perdidos.


Tuesday, March 20, 2012

O Ataque Das Eno-Carrocas. Chapter XXI

Leiam a materia que saiu na folha online no fim de semana. E melhor ainda, vejam os comentarios dos leitores. Havera SIM, BOICOTE ao vinho nacional, tomara que contra os grandes vendedores (nao disse produtores de vinhos). Os consumidores de vinhos finos nao sao os coitados descamisados ou gente de religiao que se manipula facilmente a cabecinha. BOICOTE neles.

http://www1.folha.uol.com.br/mercado/1063203-sobretaxar-vinho-visa-combater-subsidio.shtml

Monday, March 19, 2012

Bom e Barato: Comidas

Entre Itatiba e Vinhedo surge um come come dos bons. Aquela coisa do ótimo e barato. Bistecao do Dito. Mega bisteca de boi (o chic hoje he dizer T-BONE), mas fuck it, eu digo bisteca. Tem torresmo de ótima qualidade e um balcão all you can eat para todos se matarem de comer. Lugar simples, mas com otima comida. Nao chegue tarde, vai ficar de pé.


Uma bisteca da para dois.... e por pessoa sai em torno de R$ 30,00. 


Sim, ha o custo do deslocamento e pedágio, mas e dai? Fiz minha parte. Faça a sua. 


Friday, March 16, 2012

Frase Da Semana

Brasil está se tornando um país caríssimo sem enriquecer.

Tomara que entendam isso. BBB fans, de volta a TV para vocês.

EDITORIAL EXTRA. Protecionismo e Barreiras. Consequências

Enquanto eu fico pasmo ao ver que pouquíssimas pessoas resolveram falar um minimo sobre a aberração protecionista eno-populista-brasileira, vou escrever aqui para mostrar aos poucos leitores (mas leitores de qualidade, o que me deixa muito mais satisfeito que milhões de acessos que pouco valem). Será que nada falam porque não tem capacidade cognitiva ou simplesmente querem agradar a todos? Não sei....


O que se conta e se sabe no RGS é que muito pavão (como tem puxa-saco dessa gente em eventos) está quebrado. Financeiramente são pintinhos bem mansos. Quebradinhos mesmo. E essa seria a última chance dessa gente tentar levar a vida. 


Sou economista amador, vou poupar todos de dados sobre o tema, mas lendo os excelentes economistas de plantão (todos tem blogs independentes, acompanhem essa turma) em varias línguas, da para sacar o que tem de ruim nessas medidas, sejam para quais produtos aplicadas.


acima uma foto de um produtor gaúcho que está todo contente com as novas medidas do governo que podem passar em breve. Mal sabe o que lhe espera....


Sobre barreiras e protecionismo + subsídios (ultra comuns na EU. Sabia que seu queijo italiano chega ao mercado somente por causa de subsídios? Tira isso e vai ver para onde vai o preço. Muitos lá quebrariam). 




O que causam nos mercados?


1. Primeiramente os subsídios criam uma distorção de mercado. O que era para custar XX aos consumidores acaba saindo por X, mas a custa do erário, aquele trouxa que sempre paga impostos. Ou então o governo banca a conta aumentando o deficit orçamentário.


2. As barreiras aumentam inflação interna. Como? Os produtores do mercado interno se sentindo mais protegidos e com menos competição aumentam os preços. ISSO SEMPRE OCORREU na historia humana. E os produtos importados, continuarão a entrar, só que com valor aumentado. Vinhos que custavam x passarão a custar x.4, xx....legal né?


3. O vinho tinto fino brasileiro sofre de um mal que muitos países nao tem: Condicoes agronomicas desfavoráveis. Se depender do clima da maldita serra para produzir coisas boas COM GRANDES VOLUMES senta numa cadeira (de preferencia das boas, importadas) e espera. Ou então parte para o laboratório. Compre bastante enzimas e produtos para alterar o gosto dos vinhos ordinários.


4. Com tanta informação disponível e a rápida disseminação dessa informação, o cliente hoje está ciente do que os produtores estão querendo e aprontando. Resultado? Boicote. E essa palavra pega e tem poder. Esses idiotas não percebem que no pais da cerveja e da cachaça ha zilhões de substitutos ao vinho. Compre acoes da INBEV. Aposto que o consumo de cerveja (posso chamar de cerveja aquilo??) vai subir. Mesmo para destilados.


5. Aumento do contrabando. Preciso falar mais sobre isso?


6. Aumento do sub-faturamento. Ah.....sabe o que é  isso? O importador vai pagar menos (oficialmente) ao comprador, mas vai pagar por fora grande parte da conta. Esse truque foi o que (segundo a receita federal) varias madames de SP fizeram para amealharem muito dinheiro em poucos anos. Aposto que a receita tem uma divisão para pegar essa gente, mas fica difícil pegar todos.


7. Com o limite de entrada de vinhos, as importadoras focarão nos vinhos melhores. OPA, COMO ASSIM?? Fácil. Elas vão importar os melhores pagando menos por eles. Nao vai compensar queimar muito volume com vinho ruim (que ficará mais caro). Se um tonto quiser importar milhoes de garrafas de lambrusco a 0,50 centavos de euro, será impedido de trazer os melhores vinhos. Haverá limite de importação, lembra?


8. Resultado de tudo isso? Prejuízo ao consumidor. Muitos serão punidos por causa de poucos. Mas também haverá prejuízo aos produtores em dinheiro e em imagem. E o nível dos vinhos importados melhorará por conta dessas barreiras. Vencedores nessa conversa? Europa, Africa do Sul e Argentina.


Abaixo, uma eno-carroça gaúcha que optou por proteção do governo.









Dica Cultural. Vamos Subir o Nivel??


Essa fica para os mais espertos, inteligentes que tem muita proteína na cabeça: Imperdível para os mais novos ou com menos de 40 anos: The network {ou numa traducao imbecil "rede de intrigas"(1976). Tudo que o ser humano é  há muito tempo. Ou você acha que somente nossa geração é essa porcaria??

Link AQUI

A todos meus inimigos: continuem a assistir muita televisão, especialmente aos domingos. 


Protecionismo e Salvaguarda News

Reportagem do Valor de hoje.

Agora pretendem ampliar a producao. Otimo. Quero ver que tipo de tonto vai comprar um vinho normal do RS por R$ 60,00 em SP.


Vinícola nacional promete ampliar e 


melhorar  produção. 




Por Sérgio Ruck Bueno | De Porto Alegre
Ayrton Vignola/Folhapress / Ayrton Vignola/FolhapressPlantação de uvas próxima à sede do grupo gaúcho Miolo, um dos maiores produtores de vinho do mercado brasileiro, em Bento Gonçalves (Rio Grande do Sul)
Caso o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic) decida impor salvaguardas contra vinhos finos importados, as vinícolas brasileiras se comprometem a ampliar e desconcentrar a produção de uvas viníferas no país, reduzir custos e melhorar a qualidade da bebida nacional. Só na implantação de 3 mil hectares de novos parreirais os aportes chegarão a R$ 219 milhões em oito anos, além de R$ 40 milhões em um programa de marketing para estimular o consumo do vinho nacional.
As medidas integram o termo de compromisso incluído na circular que oficializa o início da investigação pelo Mdic, publicada ontem, na qual a indústria também reivindica ajustes nas áreas tributária e "creditícia", entre outras, para garantir a "sustentabilidade" do setor. Mas nem as promessas nem os indícios de "grave prejuízo" causado ao setor pelos produtos estrangeiros, identificados pelo ministério, vão encerrar a queda de braço entre produtores nacionais e importadores.
No pedido de salvaguardas, as vinícolas alegam que a participação dos importados no consumo doméstico de vinhos finos cresceu de 67,1% para 78,7% de 2006 a 2010, estimulada pela redução da demanda nos países desenvolvidos e pela entrada, em alguns casos, de produtos com preços similares aos custos de produção no Brasil. Em 2011, a fatia chegou a 78,8% do mercado, que totalizou 92,2 milhões de litros, conforme a União Brasileira de Vitivinicultura (Uvibra), uma das signatárias do pedido ao Mdic.
O problema, conforme a diretora executiva da Associação Brasileira dos Exportadores e Importadores de Alimentos e Bebidas (ABBA), Raquel Salgado, é que o pedido de salvaguarda adota uma premissa "equivocada" ao expurgar dos dados o consumo de vinhos de mesa, feitos a partir de uvas comuns. Nesse segmento, no qual os importados não concorrem, a demanda chegou a 222 milhões de litros em 2009, diz a executiva.
Segundo Raquel, os importadores vão preparar a defesa para apresentar ao Mdic no prazo estipulado de 40 dias. "Lamento profundamente a atitude deles (dos fabricantes nacionais)", diz ela, que propõe, como alternativa, ações conjuntas de promoção do vinho brasileiro e importado e pela desoneração do produto nacional. Para ela, enquanto o setor briga entre si, bebidas concorrentes como as cervejas especiais ganham espaço no mercado.
Carlos Paviani, diretor executivo do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), outra entidade que pede as salvaguardas, pensa diferente. Para ele, a proteção é necessária para permitir que o setor ganhe competitividade e cresça de forma equilibrada com os importados no mercado nacional. O setor afirma ainda que os importados forçaram uma redução de 20,3% nos preços do vinho nacional no mercado interno de 2006 a 2010, em valores corrigidos, o que reduziu em 85,6% o resultado operacional das indústrias brasileiras no período.
Segundo Paviani, o pedido das entidades é que a salvaguarda seja aplicada por três anos, prorrogáveis por mais cinco. Nesses oito anos, o setor promete aumentar de 8 mil para 11 mil a área de parreirais de uvas viníferas no país, dobrando as plantações nas novas regiões produtoras (Vale do São Francisco, metade sul do Rio Grande do Sul e serra catarinense), para 6 mil hectares. Ao mesmo tempo, os 5 mil hectares na serra gaúcha, polo mais tradicional do país na produção de uvas e vinhos, seriam modernizados e qualificados.
O cultivo nas novas regiões permitirá uma redução de custos em até 35%. O ganho terá reflexos na diminuição dos preços ao consumidor, principalmente de "vinhos de entrada", vendidos no varejo entre R$ 10 e R$ 20, diz Paviani.