Monday, August 15, 2011

Pequenos Vinhos, Grandes Volumes


Sábado a tarde o assessor de imprensa do Zelao, amigo meu que tem um ferro velho na Zona Leste, me chamou para uma degustação de um vinho inédito no Brasil, Alamos Malbec 2009, um vinho que sem duvida alguma ninguém conhece no Brasil. Como que ninguém ainda pensou em importar esse vinho?

Bom, fazia um tempo que não tomava esse vinho e fiquei curioso para ver como meu paladar refinado, acostumado aos vinhos de garrafão e outros tantos disponíveis nas gôndolas da vendinha perto de casa, reagiria ao vinho em questãn.

Para minha não surpresa o vinho bateu uma bolinha nota 6.0 (comparado ao preço). Mais agrada que desagrada e de positivo ficaria o fato de não ter nenhum ponto negativo forte.  Persistência mais longa que muito medalhão por aí.

Vinho feito aos milhões de garrafa é como salsicha, se ficar sabendo como são feitos ninguém compra mais. Que será que dá numa analise química ali??
Há coisas melhores (mas não tanto) por 30 dinheiros, mas acho que o mérito desse vinho é o de abrir portas para os neo-tomadores. Todo mundo começa por esses vinhos. Além do mérito maior, o de deixar o dono da importadora mais rico ainda.

Avaliação Joao Ratao:
(   ) Vinho para tomar com a amante ou namorada nova
(   ) Vinho para tomar com a esposa, celebrando 10 anos de casamento
(X) Vinho para tomar em almoço em família, com cunhado junto
(   ) Vinho para dar de presente ao cunhado
(   ) Vinho para ser usado em macumba, coitado do santo.

4 comments:

  1. Esse vinho me lembra uma visita que fiz anos atrás à Catena Zapata. A guia, meio atrapalhada para explicar a produção dos vinhos (talvez por ser a visita em inglês, o vocabulário deve tê-la traído), foi falando sobre como os vinhos premium recebiam as uvas selecionadas a mão, uma a uma, blablabla, até que soltou algo como "depois de prensadas, o que sobra vai para a linha Alamos". E o que sobrava dessa outra prensagem iria para a Bodegas Esmeralda! Um sr. escocês do meu lado me olhou rindo e comentou que ela estava "falando demais"... Acredito que seja isso mesmo, mas ela usava até um tom pejorativo, mesmo ao tentar explicar a história de "barril de 1o uso, 2o. uso...". Ao tentar enaltecer os produtos nobres, jogou o resto no lixo.

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  2. Lavi, azeite de oliva, cerveja e vinho nao possuem condicoes de serem feitos aos milhoes de volumes e ainda serem: honestamente feitos, puramente feitos, higienicamente feitos e;ou financeiramente viaveis.

    Quando que as pessoas vao acordar e parar de acreditar em milagres??

    Falando nisso o posto perto de casa esta com alcool a R$ 1.00 o litro, vou la agora correndo.

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  3. hahaha, álccol a 1 real, se for em SP, é "imperdível"! Vou dizer que tenho me divertido com seu blog, talvez por ter a mesma visão crítica que você demonstra sobre esse mundo do vinho.

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  4. Lavi, somos obrigados a ter uma visao critica de quase tudo que nos cerca. No caso do vinho os motivos sao:

    1. Pagar por algo que valha o preco pedido
    2. Saude: Ja pensou no que tem de lixo por ai que ingerimos? As vezes tenho do desses blogueiros brasileiros que vivem tomando essas porcarias, mas como sao do meio...tem que falar bem senao as importadoras param de convida-los para bocas livres (tem hifen aqui???).

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