Eu queria saber o que acontece com o Brasileiro que tem tanto mau gosto quando se trata de vinhos, azeites, cafés, cerveja, sucos… comidas e etc.
Como um divulgador e vendedor de café gourmet, de altíssima qualidade, venho sofrendo financeiramente (poderia ganhar um $$ legal com esse produto) por não conseguir emplacar meu café em todos os lugares que visito, e também pessoalmente ao ver que as pessoas não tem paladar para apreciar um café puro, feito na melhor região do Brasil. O custo do meu café ao comerciante fica em R$ 0.20 uma xicara, os concorrentes que vendem palha e lixo preto vendem os deles a R$ 0.12 uma xicara. Ouch, que diferença ridícula.
Será que estamos todos condenados a comer pizza com catchup para o resto da vida, cerveja “tipo” pilsen com churrasco, vinho feito em laboratório (leia-se bombas vulgares de fruta e madeira), azeite feito as milhões de litros que fica exposto à luz em supermercados em garrafas transparentes, sucos que mal contem extrato de fruta (mas são mais baratos que os naturais), sorvete com excesso de açúcar e montes de gordura hidrogenada?
Café bom não precisa de açúcar para disfarçar os terrores do gosto. Café bom tem um aroma complexo, longo e gostoso.
Ensinar as pessoas as boas coisas da vida me parece ser uma batalha longa, inglória e sem necessidade nesse país.
Você entende de café. Cerveja. Vinho. Mas não entende de pessoas. Vendas. Varejo.
ReplyDeleteEntonces, Roberto, ha solucao para a sindrome da tubaina? Estou condenado a dar murro em ponta de faca enquanto morar no Brasil?
ReplyDeleteBom sabado!
Eu diria que o brasileiro já se resignou e, pior, perdeu a capacidade de apreciar coisas de qualidade diferenciada. Pior ainda: rotula de "fresco" (ou "chique" ou "burguês", dependendo da linha teórica) quem procura comer e beber com qualidade.
ReplyDelete