Recentemente fui convidado para uma sessão de descarrego na igreja do Zelao, que agora alem de ser dono de ferro velho resolveu virar pastor. Chegou um amigo nosso com um jornal de bairro debaixo do braço contendo propaganda de um vinho que eles chamam de “reservado” e outros mais.
Surgiu a fagulha para o debate: Vinho bom precisa de propaganda? Vinho bom precisa patrocinar torneio de damas na praça da republica, bocha na Mooca ou raquetinha na praia?
Depende foi o consenso. Para pequenas vinícolas a propaganda custa muito e é ineficiente. O retorno não compensa. Grandes vinícolas produzem bons e maus vinhos. Alguns vinhos são muito ruins, mas estão toda hora em revistas e afins, fazendo a famosa construção de imagem. O meia-boca Don Melchor (sim, já tomei essa coisa. Nao vale o preço que pedem mesmo-- mega vinho de eno-trouxa) é produzido em grandes volumes e a empresa que o faz precisa sempre falar dele na mídia. O mesmo vale para alguns vinhos bem fraquinhos do RGS. Com muita propaganda, garrafa aberta para blogueiro, e festas vai-se construindo uma imagem.
Eu fico com o world of mouth que tanto espalha rápido vinhos bons e ruins. Adoro acompanhar o crescimento sem alarde nem cascata de ótimas vinícolas. Vinho bom não precisa de garrafa bonita, bem feita, diferente e bem desenhada para vender.
"por causa daquela propaganda disfarçada de reportagem eu paguei R$ 80.00 por uma garrafa de vinho nacional meia-boca".....
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